O setor de stablecoins registrou um avanço notável em 2024, com sua oferta total aumentando 59%, atingindo US$ 200 bilhões e representando 1% do total de dólares americanos em circulação. 

No entanto, sua participação no mercado de criptomoedas diminuiu de 8% para 6%, refletindo o crescimento de produtos derivativos e outras formas de negociação. Enquanto o volume total de transferências de stablecoins alcançou US$ 27,6 trilhões, superando o volume combinado de transações da Visa e Mastercard. 

Além disso, as stablecoins continuam a ganhar espaço nos mercados tradicionais, impulsionadas por iniciativas de empresas como PayPal, Stripe, Ripple e Visa, que expandiram sua presença na digitalização de pagamentos. Vamos entender melhor esses resultados e o que esperar para o setor em 2025!

Quais as expectativas para as stablecoins em 2025?

Ao buscar aprender o que são stablecoins, você descobre que os modelos lastreados em moedas fiduciárias continuam a dominar o mercado, embora sua participação tenha diminuído ligeiramente devido ao crescimento das stablecoins com rendimento, cujo valor de mercado cresceu 414%. 

Esse segmento emergente foi impulsionado por projetos de tokenização de títulos do Tesouro dos EUA, liderados por empresas como BlackRock, Paxos e Usual Money. 

Enquanto isso, a USDT manteve sua posição dominante, respondendo por 79,7% do volume de negociação, mas perdeu participação para a USDC, que se consolidou como uma alternativa preferida para o DeFi. 

Por outro lado, redes como Solana, Base e Arbitrum aumentaram sua relevância, diminuindo a participação de Ethereum e Tron, que passaram de 90% para 83% no domínio de stablecoins.

Para 2025, é esperado um crescimento contínuo das stablecoins, impulsionado pelo halving do Bitcoin, que historicamente leva a maior atividade no mercado. A regulamentação será um fator crucial, com a Tether enfrentando desafios na Europa, enquanto a USDC se fortalece como uma alternativa regulamentada nos EUA e na UE. 

Diante desse cenário, redes de Layer-2, como Base e Arbitrum, devem capturar ainda mais mercado, especialmente com a implementação de atualizações que reduzem taxas e melhoram a escalabilidade do Ethereum. 

Além disso, novos entrantes institucionais podem aumentar a concorrência no setor, com stablecoins ligadas a bancos tradicionais e fundos de investimento.

Com o mercado cada vez mais competitivo e regulamentado, as stablecoins estão evoluindo de um simples meio de troca para um pilar fundamental da infraestrutura financeira digital. O crescimento dos ativos tokenizados, integração com sistemas de pagamento tradicionais e o avanço da adoção institucional tornam 2025 um ano promissor para esse setor. 

No entanto, o futuro das stablecoins dependerá da capacidade das empresas em atender às exigências regulatórias, expandir sua utilidade além do trading e integrar-se a mercados financeiros convencionais.

Estratégias de composição de portfólio para inovação em 2025

O ano de 2025 se apresenta como um período crucial para investidores que desejam capturar o potencial de crescimento da inovação disruptiva. Afinal, a pesquisa da ARK Invest destaca que uma alocação estratégica entre 5% e 15% em ativos de inovação, como inteligência artificial, robótica, blockchain e genômica, pode aumentar significativamente os retornos sem adicionar riscos excessivos.

A diversificação tradicional, combinada com uma exposição disciplinada à inovação, permite mitigar a volatilidade e maximizar o crescimento de longo prazo.

Estudos históricos indicam que um portfólio com 5% de exposição à inovação superou o mercado em 100% dos períodos de cinco anos desde 2019, enquanto alocações de 10% e 15% superaram o mercado em 76% e 71% das vezes, respectivamente. 

Além disso, a implementação de estratégias de rebalanceamento periódico permite capturar os ganhos das altas e evitar exposição excessiva durante períodos de correção. Mesmo durante a queda do setor de tecnologia entre 2021 e 2022, portfólios diversificados que incluíam inovação não registraram aumentos desproporcionais de risco.

Para 2025, o avanço de tecnologias emergentes e a recuperação das ações de inovação sugerem que oportunidades estratégicas estão surgindo para investidores. 

Com um ambiente macroeconômico mais favorável, a crescente adoção institucional e a evolução de setores como IA, saúde digital e automação, a exposição à inovação pode ser um diferencial competitivo nos portfólios. 

Além disso, investidores que equilibrarem inovação com ativos tradicionais e adotarem estratégias de gestão dinâmica terão maior capacidade de aproveitar os retornos assimétricos oferecidos pela inovação disruptiva.

Diante desse cenário, a recomendação é que investidores avaliem se suas carteiras estão alinhadas com o futuro da inovação. Incorporar ativos inovadores em uma estrutura bem balanceada, com reavaliações periódicas e uma abordagem disciplinada, pode maximizar retornos e reduzir riscos. 

Com a maturação do mercado de tecnologia e a crescente demanda por soluções disruptivas, 2025 pode ser o momento ideal para aumentar a exposição à inovação e garantir participação na próxima grande onda de crescimento global.

A evolução do DeFi em 2025: contas inteligentes e comércio automatizado por IA

O ano de 2024 foi um marco para as Finanças Descentralizadas (DeFi), com a introdução de contas inteligentes e a integração de agentes autônomos de IA que estão transformando o ecossistema financeiro digital. Esses avanços prometem aprimorar a segurança, acessibilidade e eficiência das transações, preparando o terreno para inovações significativas em 2025.

Uma das principais inovações é a implementação do EIP-7702 na atualização Pectra do Ethereum, prevista para 2025. Este padrão permitirá que Contas Externamente Controladas (EOAs) executem códigos de contratos inteligentes diretamente de seus endereços, conferindo-lhes funcionalidades semelhantes às das contas inteligentes. 

Além disso, é esperado que pelo menos 20% dos usuários do Ethereum adotem essas contas inteligentes habilitadas pelo EIP-7702 no próximo ano, impulsionados pela demanda por maior segurança e personalização nas interações financeiras.

A integração de agentes de IA com contas inteligentes está preparada para revolucionar o comércio no DeFi. Esses agentes podem gerenciar portfólios de criptomoedas de forma autônoma, operando continuamente para otimizar estratégias de investimento. 

Com a capacidade de definir limites orçamentários e incorporar medidas de segurança, como contas de recuperação, os usuários podem confiar nessas soluções para uma gestão financeira mais eficiente. Prevê-se que, em 2025, agentes de IA serão responsáveis por pelo menos 20% do volume de negociação on-chain no DeFi, indicando uma tendência crescente de automação inteligente no setor.

A abstração de cadeias está se tornando uma realidade, permitindo que usuários naveguem por múltiplas blockchains a partir de uma interface unificada. Com o desenvolvimento de soluções como o Safenet, os usuários poderão visualizar e transacionar com seus ativos em diferentes cadeias de maneira simplificada, eliminando a complexidade tradicionalmente associada às operações multichain. 

Portanto, é esperado que, até o final de 2025, 50% dos usuários do DeFi utilizem interfaces unificadas para gerenciar ativos em várias blockchains, facilitando uma experiência mais integrada e amigável.

Em suma, 2025 promete ser um ano transformador para o DeFi, com a consolidação de contas inteligentes, automação por IA e interfaces multichain, tornando as finanças descentralizadas mais seguras, acessíveis e eficientes para uma base de usuários em expansão.